A Bahia Mineração, empresa disposta a construir um porto de exportação de minério de ferro, numa área de proteção ambiental (mata atlântica), anda muito quieta nos últimos dias. Na verdade, os executivos da Bamin se esforçam para descascar um imenso abacaxi: o último parecer técnico do IBAMA, emitido no início de fevereiro.
O documento não é nada favorável às intenções da mineradora. Dentre muitas falhas encontradas no estudo de impacto ambiental, o relatório define que a área prevista do empreendimento está na APA da Lagoa Encantada.
Os nove analistas responsáveis pelo documento pediram outras alternativas locacionais para a construção do quebra-mar e exigiram estudos complementares sobre o Distrito Industrial, uma evidência de que a área sugerida pela empresa (Aritaguá) não agradou. Lembram de Ponta da Tulha?
A Bamin, em suas propagandas, promete “dar a esta terra o valor que ela merece”. Sendo assim, porque omite da opinião pública informações sobre o andamento do seu projeto junto ao IBAMA?
Não merecemos a verdade?